“A vida é curta. Temos que ser bons uns
com os outros”.
Sei que, para muitos, essa afirmação cheira a pregação religiosa.
Sei que, para outros tantos, ela esbarra nas fatídicas receitas de auto-ajuda
que proliferam nas redes sociais e nas prateleiras das livrarias. Sei que, por
conta disso, e de cara, alguns rotularão este post de ingênuo, bobo, raso, e
desistirão da leitura antes de se aventurarem por este parágrafo. Eu mesmo,
confesso: talvez reagisse dessa forma, se não a tivesse escrito. E me pergunto
quantas vezes não tirei conclusões precipitadas e definitivas, baseada apenas
numa primeira impressão
Aos que persistiram na leitura até aqui,
agradeço de antemão. Obrigada por me darem a chance de compartilhar o que há
por trás da afirmação de aparência simplória que abre o post. Obrigada por não
ratificarem a máxima que, no século passado, Luigi Pirandello eternizou e
questionou em peça teatral – assim é (se lhe parece). Obrigada por duvidarem do
que na prática da comunicação, principalmente a exercitada no mundo corporativo,
afirmamos sem pestanejar: você só tem uma oportunidade para causar uma boa
primeira impressão, se não aproveitá-la,… Caput!
É simples. Nào há tolerância para dar segundas
chances, para analisar uma mesma situação sob outro ângulo. Não há tempo para
cogitar equívocos – o ritmo precisa ser frenético. Não há meios para
relativizar perspectivas – a verdade precisa ser única e absoluta. Não, não e
não, ponto. Simples assim, usando aqui a expressão que virou moda nos
julgamentos-quase-linchamentos que se tornaram rotina na web. Nos tribunais
virtuais que, falsamente, se definem como fórum para discussão e que amplificam
em memes suas sentenças. Sem direito à defesa. Sem espaço para divergências.
Simples assim… Só que não.
Porque a simplicidade transcende à simplificação
dos juízos prematuros; permeia veias opostas às da arrogância e prepotência;
Ilumina a cegueria dos que tateiam em busca de algo que dê sentido à vida. Alguém
como minha amiga Valerie Maslar que, semanas atrás, ao se ver abatida por
situações difíceis que vem enfrentando no trabalho, decidiu dar um tempo para tentar
olhar tudo através de “outras lentes”;
como providência imediata, saiu para dar uma volta no shopping.
Lá, resolveu fazer comentários gentis a
quem encontrasse.
“Gosto dos seus sapatos, sua gravata é
linda, seu corte de cabelo lhe cai bem”… Ela foi dizendo aos desconhecidos com quem
cruzava. “À medida que fazia isso – conta --, me sentia melhor.”
Foi quando notou um senhor acompanhando
cinco idosos com necessidades especiais.
Ele os ajudava a contar o dinheiro que traziam, a comprar o próprio
almoço e a se acomodar para comer. Valerie se aproximou e disse ao homem como o
achava admirável por fazer aquele trabalho. Acabou se juntanto ao grupo e
compartilhando daquele almoço, em que todos falaram um pouco de si. Sentiu-se
imensamente grata por poder desfrutar daqueles momentos com aquelas pessoas.
Expressou sua gratidão antes de, por fim, voltar ao trabalho.
“Lá tudo continuava igual” – conta ela.
“As mesmas pessoas, com os mesmos comportamentos. Mas eu havia mudado. Havia me
dado conta de que a vida é curta. Havia me dado conta de que precisamos ser
bons uns com os outros”.
Simples, verdadeiramente simples, assim.
……………………………………………………………………………….
Se você gostou deste
post, por favor, o compartilhe com sua rede de relacionamentos, clicando em um
dos botões que aparecem no rodapé da tradução em inglês abaixo. Se deseja, a
partir de agora, receber notificações dos novos posts do blog no seu próprio
email, preencha o requerimento no espaço-retângulo logo abaixo do meu perfil,
na coluna à direita deste artigo.
……………………………………………………………………………….
"Life is short. We have to be good to each other. "
I know that for many, this statement smells like religious preaching. I know that for so many, she comes up against the fateful self-help recipes that thrive on social networks and bookstore shelves. I know that, because of that, and face-to-face, some will label this post naive, silly, shallow, and give up reading before venturing into this paragraph. I myself, I confess, might have reacted this way if I had not written it. And I wonder how many times I did not make hasty and definitive conclusions, based only on a first impression
To those who persisted in reading this far, thank you in advance. Thank you for giving me the chance to share what is behind the simple-looking statement that opens the post. Thank you for not ratifying the maxim that, in the last century, Luigi Pirandello eternalized and questioned in a play - so it is (if it seems to him). Thank you for doubting that in the practice of communication, especially that practiced in the corporate world, we affirm without blinking: you only have an opportunity to make a good first impression, if not to take advantage of it, ... Caput!
It's simple. There is no tolerance to give second chances, to analyze the same situation from another angle. There is no time to think about mistakes - the pace must be frantic. There is no way to relativize perspectives - truth must be unique and absolute. No, no and no, period. Simple like this, using the expression that has become fashionable in the judgments-quasi-linxamentos that have become routine on the web. In virtual courts that, falsely, define themselves as a forum for discussion and that amplify in memes their setenças. No right to defense. No room for disagreement.
Simple like that ... Just not.
Because simplicity transcends the simplification of premature judgments; Permeates veins opposed to those of arrogance and arrogance; It illuminates the blindness of those who grope in search of something that gives meaning to life. Someone like my friend Valerie Maslar who, weeks ago, when she was depressed by the difficult situations she's been facing at work, decided to take the time to try to look at everything through "other lenses"; As an immediate providence, went out for a walk in the mall.
There, he decided to make kind comments to anyone he met.
"I like your shoes, your tie is beautiful, your hairstyle fits you" ... She went to tell the strangers with whom she crossed. "As I did this," he says, "I felt better."
That's when he noticed a man accompanying five elderly people with special needs. He helped them count the money they brought, buy their own lunch, and settle down to eat. Valerie approached and told the man how admirable he was for doing that job. He ended up joining the group and sharing that lunch, where everyone talked a little about themselves. She felt immensely grateful to be able to enjoy those moments with those people. He expressed his gratitude before finally returning to work.
"There everything was the same," she says. "The same people, with the same behaviors. But I had changed. I had realized that life is short. I realized that we need to be good to each other. "
Simple, truly simple, like that.
...........................................................................................
If you liked this post, please share it with your network.
...........................................................................................